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Cancro: Novo medicamento desenvolvido em Coimbra vai ser testado em doentes em 2013

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Esta expetativa foi manifestada à agência Lusa por Sérgio Simões, responsável pela inovação naquela empresa farmacêutica de Coimbra, que vê no novo fármaco "vantagens competitivas muito grandes" em relação aos da "mesma família" atualmente existentes no mercado.

 

É "significativamente mais potente e significativamente mais seguro". Exige menores doses e os seus efeitos adversos são menores, explicou. Além destas vantagens, acresce uma outra, que tem que ver com o facto de o doente poder ser exposto à luz do dia, o que não acontece com os fármacos de primeira e segunda geração, que tornam o doente muito sensível à luz após os tratamentos, realça Sérgio Simões.

 

O novo fármaco está a ser desenvolvido pela empresa Luzitin, Lda., criada por investigadores da UC e pela Bluepharma, e resulta de uma década de investigação no Departamento de Química daquela instituição. Atualmente a empresa já se encontra a realizar estudos não clínicos, com animais, para poder passar aos ensaios clínicos em doentes oncológicos, no início de 2013.

 

Trata-se de um fármaco ministrado por terapia fotodinâmica, uma técnica que permite atacar de forma mais direcionada as células cancerígenas, com a concentração do fármaco na zona afetada e posterior irradiação por luz.

 

Sérgio Simões espera que este se transforme no primeiro medicamento português de combate ao cancro. Atualmente, esta investigação apresenta-se mais indicada para o tratamento de tumores no pescoço, cabeça e os mais avançados dos pulmões. No entanto, estão a ser exploradas outras aplicações terapêuticas.