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Coimbra tem fármaco único contra o cancro

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Com provas dadas na aplicação em cobaias, a investigação vai agora entrar na fase de testes humanos. É um momento raro para a indústria farmacêutica portuguesa, cuja história regista muito poucos licenciamentos de fármacos inovadores. Embora ainda nada esteja garantido quanto ao sucesso do medicamento, a patente registada em duas fases – primeiro em 2004 pela Universidade de Coimbra (UC) e depois, em 2008, com a empresa Bluepharma – representa uma “promissora investigação” considera o reitor, Seabra Santos. Este processo, iniciado há 15 anos por uma equipa de quatro investigadores do Departamento de Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia liderado por Sebastião Formosinho, fica agora nas mãos de uma empresa constituída no âmbito da UC.

 

A Luzitin, cujo presidente do conselho de Administração é Sérgio Simões, passa a ser detentora do licenciamento da propriedade intelectual desta descoberta, tendo já negociado o financiamento da investigação seguinte com a Inov- Capital, sociedade de capitais de risco. A fase de ensaios clínicos em humanos que agora se segue vai custar milhões de euros, explicou fonte do processo, de modo a chegar ao mercado global. O investigador Luís Arnault que, tal como os colegas faz parte da nova empresa, afirma que “é muito prematuro falar de lucros no futuro porque é um projeto de investigação com risco muito elevado”. Sublinhando que “processos deste tipo são raríssimos” em Portugal, Luís Arnault explicou que o fármaco baseia-se em terapia fotodinâmica.