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O contributo da indústria farmacêutica na recuperação económica da Europa

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O mundo pós-pandemia não voltará a ser o mesmo. Temos agora a oportunidade de aprender com os erros do passado recente e escrever a História com o sentido que se impõe e que o mundo precisa.

 

A economia mundial enfrenta atualmente novos riscos potenciados pela guerra na Ucrânia. As repercussões deste conflito condicionam a subida de preços das matérias-primas, dos combustíveis, da energia, e a confiança dos consumidores e dos empresários é menor, bem como as taxas de juros crescentes vão pesar cada vez mais na recuperação.

 

A guerra na Ucrânia aumentou significativamente os custos de produção, no caso da indústria farmacêutica a situação é preocupante, existem fármacos mais económicos, nomeadamente os medicamentos genéricos, que têm sido responsáveis pelo melhor acesso e poupanças efetivas nos últimos anos, que correm agora o risco de serem retirados do mercado, caso não exista do Governo uma atualização rápida dos preços dos medicamentos.

 

Contrariamente a outros setores, os sucessivos aumentos dos encargos com a produção e distribuição de produtos farmacêuticos, causados inicialmente com a pandemia e agravados agora pelos efeitos da guerra na Ucrânia, não podem ser compensados pelo aumento do preço dos medicamentos, pois são fixados pelo Estado.

 

É assim crucial garantir que o apoio do Estado português e da União Europeia seja suficiente e devidamente direcionado para a resolução destas questões, a bem da economia e da saúde de todos, não condicionando o contributo que a indústria farmacêutica aporta à sociedade.

 

Hoje, existe uma consciência coletiva que a Europa precisa, urgentemente, de garantir a capacidade de resposta em áreas fundamentais, de criar cadeias de fornecimento mais curtas e de estar menos dependente de países terceiros. Temos a responsabilidade incontornável de tudo fazer pela reindustrialização do espaço europeu, criando mais e melhor emprego e aumentando a sustentabilidade das cadeias de fornecimento.

 

Devemos ainda refletir para desenvolver uma estratégia que torne as empresas europeias mais competitivas, resilientes e sustentáveis tanto a nível económico, como ambiental e social, tendo presente a redução das desigualdades, que são cada vez maiores no mundo.

 

O Plano de Recuperação e Resiliência oferece uma oportunidade única para transformar a economia portuguesa.

 

Assim, é necessário implementar uma estratégia que garanta uma correta e eficaz utilização dos fundos do Plano de Recuperação Europeu, investindo na produção de bens transacionáveis e serviços inovadores, com maior valor acrescentado e intensificando a digitalização e a transição energética.

 

Uma estrutura empresarial modernizada é uma estrutura robusta e capaz de promover a recuperação do país. Por isso, temos de tornar as nossas empresas numa fonte importante da criação de emprego, de investimento e de inovação.

 

Portugal tem agora a oportunidade de se reerguer e para isso é urgente desenvolver um plano que tenha como foco a competitividade do tecido empresarial, única forma de criar riqueza necessária para uma redistribuição mais justa, reduzindo assim as desigualdades existentes.

 

O sucesso da recuperação económica passa ainda pela partilha e cooperação entre as organizações, pela aposta nas competências das pessoas e por saber potenciar o “know-how” de cada um.

 

Temos de criar uma cultura de trabalho em parceria, que nos permita ser mais rápidos e eficientes, numa lógica de otimização e de partilha de conhecimento.

 

É também urgente rever a política económica e social dos últimos anos. Superá-la requer um ajuste fiscal estrutural, de forma a estimular o crescimento. As novas gerações precisam de sentir que são remuneradas adequadamente, que geram valor e que este é distribuído de forma justa. Tão importante como reter jovens talentos em Portugal é ter condições para atrair talento estrangeiro para o nosso país. Só assim podemos caminhar para ser um país mais moderno.

 

O futuro de Portugal e da Europa passa por desenvolver a economia do conhecimento num modelo de crescimento forte, diversificado e sustentável a todos os níveis.

 

O futuro é agora!